Quem controla o sono?
Para entender como funciona o sono no nosso organismo, Caio Bonadio, psiquiatra e médico do sono, explica que o sono não é um processo passivo. O cérebro está trabalhando pra gente dormir. Ou seja, ele não dorme, ele simplesmente muda a configuração para começarmos a dormir. Porém, ele não funciona sozinho. Existem pistas ambientais que são fundamentais no funcionamento do cérebro durante o sono e, também, na construção do sono. Tudo o que fazemos durante o dia vai refletir no nosso sono. E tudo o que acontece no nosso sono, vai refletir no nosso dia.
Por isso, é muito importante sabermos que existem 2 processos envolvidos no funcionamento do sono. São eles:
O primeiro nós vamos chamar de “Processo C”: esse processo é o ciclo circadiano que obedece o período de 24h e que é controlado pelo nosso relógio biológico, que funciona como um marca-passo de todo o nosso ritmo e se localiza numa região do cérebro chamada de núcleo supraquiasmático. Nessa região do cérebro tem um grupo de células nervosas que sofrem a influência direta da melatonina, que é um hormônio produzido pela glândula pineal. Ou seja, tudo o que acontece no nosso corpo, que obedece a um ciclo de 24 horas, esse marca-passo controla. Que é basicamente a produção de uma substância, a ação dessa substância e a degradação dessa substância no nosso corpo.
O segundo processo é o fisiológico, que chamaremos de “Processo S”: o nosso cérebro trabalha pra gente dormir e esse é o processo homeostático do sono. Na prática, a lógica é a seguinte: quanto mais atividade o corpo faz durante o período de vigília, maior é a propensão para o sono. Neste processo, temos forte influência da atividade do prosencéfalo basal e a ação da substância adenosina.
Em resumo, quanto maior a atividade do processo S, menor a atividade do processo C, e vice-versa. Quando o processo S atinge seu pico e o processo C começa a diminuir, nós caímos no sono!
Referências:
Quem controla o sono?. Disponível em: https://www.instagram.com/p/B1cil_YnD0T/ . Acesso em 25/08/19.
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