Descansar para Lembrar
A qualidade da nossa memória está diretamente ligada com boas noites de sono, pausas ao longo do dia e atividades relaxantes. Nosso cérebro precisa estar tranquilo e descansado para adquirir conhecimentos e retê-los na memória.
Em vez de explorar o melhor potencial da mente, o que temos buscado, hoje em dia, são formas de ficarmos acordados por mais tempo sem ter sono. Sentir dores de cabeça, irritabilidade, nervosismo e sono desregulado passou a ser considerado normal. Mas é importante lembrarmos que não é. O esgotamento mental é um sinal de alerta, afinal, pode levar a quadros sérios como depressão e crises de pânico, além de comprometer a produtividade e o processo de aprendizagem.
Antes de chegar à estafa, o corpo emite indícios relevantes de que não está bem. Alguns dos mais recorrentes são a perda de atenção e da memória – até para informações corriqueiras –, queda na qualidade do sono, diminuição significativa da libido, alterações de humor, sensação de cansaço constante, incômodos digestivos, abatimento, angústia e tristeza.
Sono reparador
Mais importante que dormir 8 horas por noite, o sono precisa ser reparador. Isso quer dizer que o tempo dormindo precisa atender às necessidades de relaxamento dos músculos e dos órgãos do corpo, bem como a redução das atividades de estímulo cerebral. É durante uma noite bem dormida que os conhecimentos aprendidos durante o dia são “processados” e “encaminhados” para a memória de longo prazo.
Os especialistas no assunto garantem que é possível ter melhor qualidade na hora de dormir criando um ambiente silencioso, temperatura confortável, sem aparelhos eletrônicos (celular, computador ou TV), totalmente escuro. Também recomendam que o desligamento das atividades do dia seja gradual até a hora de se deitar, evitando preocupações, álcool e cafeína, comidas de difícil digestão e outros fatores estimulantes. Para completar, dormir e acordar sempre no mesmo horário cria um hábito altamente positivo.
Atividades de relaxamento
As atividades físicas aeróbicas, apesar de mais intensas, oxigenam o cérebro e incentivam a produção de hormônios que proporcionam bem-estar. Esse grupo de exercícios é capaz de potencializar as funções cognitivas, melhorando o raciocínio lógico, a atenção, o foco e a memorização.
Pausas e cochilos
Quebrar o padrão e variar as atividades do dia-a-dia ativa áreas diferentes do cérebro e evita a sobrecarga que leva à estafa. Sendo assim, as pausas são essenciais. Após, no máximo, duas horas de estudo, por exemplo, pausar uns 10 ou 15 minutos e mudar de foco ajuda muito.
Existe um método, conhecido como Pomodoro, que fala em ciclos de 25 minutos de dedicação, seguido de 5 minutos de pausa. Após repetir quatro ciclos, a pausa deve ser mais longa, de 15 a 30 minutos. A metodologia pode ser adaptada, desde que respeitada a sequência.
As sonecas também revigoram as energias, garantem os cientistas. Dormir entre 10 e 40 minutos reduz a pressão sanguínea, a agitação e baixa consideravelmente os níveis de agitação. Entretanto, o cochilo não pode passar de 40 minutos, pois a intenção é não atingir a terceira das cinco fases do sono, que é quando as atividades cerebrais ficam ainda mais lentas e, se interrompida, pode gerar ainda mais cansaço, sonolência e indisposição.
Referências:
Por que a mente precisa descansar para lembrar as respostas da prova?. Disponível em: https://www.metropoles.com/colunas-blogs/vaga-garantida/por-que-a-mente-precisa-descansar-para-lembrar-as-respostas-da-prova. Acesso em 20/10/19.
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